terça-feira, 23 de março de 2010

O Caminho-de-Ferro em Lousada


Centro de Louzada

A linha do Tâmega revelava-se insuficiente para as necessidades da população de Penafiel, Lousada e Felgueiras. Estes concelhos estavam isolados no progresso e nas comunicações. Não havia ainda o transporte rodoviário, só o caminho-de-ferro que era a ligação rápida da época. A 13 de Dezembro de 1908, nos Paços do Concelho de Lousada, com a sala repleta de interessados, o Sr. Visconde de Lousada, presidente da comissão central de Lousada para a subscrição de acções, salientou, em frase fluente, eloquente e persuasiva, as vantagens que a população do concelho teria na construção da via férrea.

Ponte de Ponterrinhos

Em Fevereiro de 1909, começavam os primeiros trabalhos para a organização da planta dos terrenos por onde devia passar o caminho-de-ferro. Em Lousada, a linha atravessava o concelho nas freguesias de Lodares, Nevigilde, Nespereira, Boim, Cristelos, Silvares, Nogueira, Alvarenga, Santa Margarida e São Miguel.

Ponte de S. Miguel

O projecto da construção da linha férrea dá entrada no Ministério das Obras Públicas a 28 de Março de 1909. Em Março de 1910, estavam concluídas todas as formalidades legais para a concessão se efectuar. O caminho-de-ferro podia começar a ser construído.

A 8 de Novembro de 1913, foi inaugurado o troço de Novelas a Lousada. O comboio, rebocado pela máquina «Lousada», chegou à Vila de Lousada por volta das 11 horas e o percurso fazia-se em 22 minutos.



Jorge Moreira, do 12º C

quarta-feira, 10 de março de 2010

VIDA QUOTIDIANA



Imagens recolhidas por Paula Sousa

A VIDA QUOTIDIANA

Na segunda metade do século XIX, regista-se uma nova organização social:
a nobreza perdeu privilégios, passou a pagar impostos, viu diminuídos os rendimentos, mas continuou a possuir muitas terras
  
O clero também perdeu muitos privilégios; as ordens religiosas foram extintas e as suas terras passaram a pertencer ao governo
A burguesia transformou-se no grupo social mais importante e viu a sua riqueza aumentada devido ao desenvolvimento do comércio e da indústria
O povo passou a ter, na lei, os mesmos direitos e deveres que os outros grupos sociais; na prática, continuou a ser o grupo que vivia com mais dificuldades e que desempenhava as tarefas mais duras e difíceis.


Na agricultura

Dividiram a terra:
- tirando-a à nobreza e ao clero e vendendo-a à burguesia;
- acabando com o "morgadio" (o filho mais velho herdava toda a propriedade);
- dividindo os baldios (terrenos incultos)
Introduziram novas técnicas de cultivo (alternância de culturas, sementes seleccionadas, adubos)
Introduziram novas alfaias e máquinas agrícolas.

Na exploração mineira
Desenvolveu-se a exploração mineira, sobretudo minas de cobre, ferro e carvão.
Junto a minas surgiram novas povoações
O carvão passou a ser a principal fonte de energia para uso doméstico e para a indústria.




                                                                                     
                                                                                                                           Mina de Aljustrel



Na indústria

No século XIX a indústria passou a utilizar máquinas.
Mas a grande "revolução" na indústria deu-se com a máquina a vapor.
Em Portugal a primeira foi usada em 1835.
A introdução das máquinas na indústria permitiu:
produzir em maior quantidade; produzir mais rapidamente; produzir em série; utilizar a divisão de tarefas; tornar os produtos mais baratos.



Ensino

Neste período, os vários governos reformaram o ensino: 1.o ensino primário tornou-se obrigatório e gratuito
2.o ensino liceal alargou-se a todas as capitais de distrito 3. foram criadas as primeiras escolas de ensino técnico 4.foram criados cursos universitários

Material escolar, (Entre elas a palmatória)

Comissão de Comemoração do Centenário da República nas Escolas (E. S. Lousada)

Exposição: “A Imprensa na 1ª República”

Ao longo desta semana estará patente no átrio da biblioteca a 1ª exposição do Centenário da República. Nesta exposição pode ver-se cópias dos originais de algumas capas de revistas e algumas 1ªs páginas de jornais de Lisboa e do Porto, do princípio de século XX, compilados pela professora Susana Silva, de História, e organizado pela professora bibliotecária Graça Coelho.




“Os jornais e as revistas do início de século XX exprimiam, de uma forma bastante livre, os protestos dos jornalistas. Um país-caricatura, virulento, trauliteiro, onde a denúncia era o dia-a-dia, a acusação parecia fácil e o insulto soava vulgar. A imprensa servia para defender causas, denegrir inimigos e proclamar ideias sem disfarces nenhuns… o que era preciso era captar a atenção dos leitores a todo o custo.”





Esta exposição também integra uma pequena história sobre a moeda Portuguesa e uma colecção de moedas e notas na História de Portugal.

MUITO RICOS E MUITO POBRES

O bairro mais elegante de Lisboa de há cem anos era o Chiado. Significava um mundo “chique”, onde se dava largas à imaginação com confeitarias e modistas, com os cafés, onde as tertúlias literárias se começavam a formar, com os ourives...


O resto era pobre. Vivia-se mal, andava-se sujo e descalço... 

Em Lousada o mundo era outro. Os donos das terras eram muito ricos. Tinham casas com quintas e caseiros. Os pobres trabalhavam de sol-a-sol para sobreviver.

Professora Bibliotecária da Escola Secundária de Lousada